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Birras: Socorro!!


birras

Os comportamentos de oposição ou as temidas “birras”, como vulgarmente são conhecidas, apesar de desagradáveis e desafiantes para os pais, não constituem qualquer sinal de alarme (na maioria das vezes) e apenas ilustram uma expressão emocional saudável de um cérebro ainda imaturo.

Não raras vezes os pais, embaraçados, envergonhados e até assustados, são tentados a fazer de tudo para evitar que as birras aconteçam, acabando por ceder aos desejos e caprichos dos seus filhos.


Mas esta, apesar de tentadora,está longe de ser a melhor opção!


As birras emergem naturalmente, como uma forma da criança se expressar e transmitir aos outros que se sente insegura ou que não os compreende, e a forma mais simples que encontra para o fazer é muitas vezes atirar-se para o chão, gritar, chorar ou atirar com objetos.

Ocorrem em ambos os sexos e atingem o "auge" entre os dois e os três anos, período em que não estão ainda amadurecidos os mecanismos que possibilitem lidar com a frustração e adiamento das vontades.

A tentativa, nem sempre bem-sucedida, da criança adquirir autonomia e controlo sobre o meio ambiente parece fomentar a manifestação da “birra” como uma via inevitável de afirmação.


Por essa razão, e porque tendem a resolver-se naturalmente: exige-se paciência, muita paciência …


Como reagir então perante uma birra?


Apesar de não existirem soluções milagrosas, dois aspetos são fundamentais: nunca perder a calma e não responder emocionalmente (gestos, palavras, olhares) ao comportamento da criança.

Uma vez despoletada a birra, não surtirá grande efeito chamar a criança à razão e menos ainda, castigar ou recompensar o seu comportamento.

Os pais devem procurar atuar imediatamente a seguir à manifestação da birra, evitando assim que a criança entre num estado de desorganização e perca totalmente o controle. Algumas das estratégias a usar podem passar por desviar a atenção da criança, levando-a para outro local, conter o seu comportamento (evitando que se agrida ou magoe) ou ignorar-lo.

Igualmente importante é conceder o tempo necessário para que a criança se reorganize, sendo benéfico que após esse momento, possa ser reintegrada na tarefa ou atividade que os pais estavam a realizar antes de a birra emergir.

Uma vez terminada a birra pode-se conversar com a criança, procurando compreender o que se passou, o certo e o errado do seu comportamento e as suas consequências.


No final (e o mais importante) é desejável que a criança saia reforçada do quanto é amada pelos seus pais e compreenda que a birra, a desorganização e a ausência de auto-controlo não são estratégias permitidas.


Evite e antecipe


Sentir fome e sono são sensações capazes de deixar qualquer um irritado, sobretudo crianças pequenas, em que tais sensações facilmente podem despoletar uma birra. Manter uma rotina de sono e alimentação, respeitando a necessidade da criança, é meio caminho para evitar frustrações e embaraços.


E pais não se preocupem, as birras parecem ser um mal necessário num processo de crescimento nem sempre pacífico.

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